Paraná I - Circuito Leste

O início da rota
Montagem das bicicletas
Saímos às 7h00 de São Paulo e chegamos às 13h30 em Curitiba sob forte chuva. Nesta viagem decidimos não usar nossas malas-bike, pois não teríamos onde deixá-las. Adaptamos a sugestão do Olinto, publicada na edição de Setembro 2011 da Revista Bicicleta: removemos a roda da frente, fixamo-na junto ao quadro com presilhas, envolvemos todo o conjunto em plástico e passamos fita adesiva para reforçar o pacote. O volume foi levado pela viação rodoviária sem qualquer embaraço. Ao chegar, descartamos o material e montamos nossas bicicletas para iniciar o pedal rumo a Quatro Barras ainda no mesmo dia. Mesmo usando capas de chuva, a primeira de nossas três mudas de roupa encharcou no primeiro dia de pedal.

Serra da Graciosa
Descida pela Estrada da Graciosa
O início da Estrada da Graciosa não merece o nome que tem, mas à medida que se avança no pedal, ela vai revelando toda a sua beleza, especialmente no trecho quando o calçamento é de paralelepípedo com hortênsias plantadas nas laterais da estrada. O asfalto foi recentemente renovado e a ciclovia, presente em boa parte do trajeto, é larga e boa para pedalar. Os recantos, pontos de parada estruturados com quiosques e churrasqueiras ao longo da Estrada da Graciosa, devem atrair muitos visitantes em épocas de veraneio. A chegada a Morretes é marcada pela diferença de temperatura decorrente da altimetria. Experimentamos o famoso prato local, o Barreado.

Dois ciclistas malucos
“Vocês vieram de Curitiba de bicicleta? Ou são malucos ou são corajosos!”.  Foi interessante observar as diferentes reações das pessoas quando informávamos que estávamos viajando de bicicleta a partir de Curitiba. Observamos um misto de incredulidade e espanto. Isso certamente nos rendeu muito assunto para conversas durante toda a rota. À medida que nossa quilometragem aumentava, nós mesmos mal podíamos acreditar o quão longe as bicicletas nos levaram. Passamos a mencionar somente o nome da última cidade visitada como nosso ponto de partida. O objetivo de nossa cicloviagem era chegar à ainda distante cidade de Prudentópolis e o Salto São Francisco. Que loucura, a viagem estava só começando!

Salto Morato
Entrada para o Salto Morato
O acesso à Reserva Natural Salto Morato, mantida pela Fundação Grupo Boticário, é por uma estradinha com pedras de 4km de extensão. A reserva possui trilha aberta, ampla e sinalizada e uma ótima estrutura com Camping, quiosques, churrasqueiras, sanitários e Centro de Exposição aos visitantes. Tem também um aquário natural e é um convite para contribuir com a preservação da natureza.

Ilha de Superagui e Ilha do Mel
Vista do interior da Gruta das
Encantadas, Ilha do mel
Encontramos várias pessoas que nos recomendaram visitar a Ilha de Superagui. Lá encontramos uma extensa praia plana para pedalar até a Barra, boa para “fazer quilômetros” e para se exercitar. De lá seguimos de barco para a Ilha do Mel, onde há pontos de visitação muito interessantes, como a Fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres (é uma viagem no tempo dos ataques espanhóis), o Farol das Conchas (ainda orienta navegantes na baía de Paranaguá) e a Gruta das Encantadas (fenda natural com 20 m de altura, que não pode ser acessada por bicicleta). Você pode pedalar nas trilhas abertas, planas e sinalizadas que interligam todos os pontos da ilha.

Trem da Serra do Mar Paranaense
Trem turístico
Pegamos o Trem da Serra do Mar em Morretes com guia turístico que nos entreteve nesta viagem de 3 horas até Curitiba. Com 110 km de extensão, a Estrada de Ferro é uma da mais antigas em funcionamento no país e passa por 13 túneis. As bicicletas ficam penduradas em ganchos no último vagão. É um passeio contemplativo e delicioso para relaxar.

Veja as fotos


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